Seguindo a tradição da nossa política nacional e, principalmente, paulistana, a prefeitura de São Paulo começou a "sujar" o nome dos contribuintes paulistanos com multas de trânsito atrasadas. Os motoristas terão as suas multas protestadas em cartório, o que fará com que o devedor tenha restrições de crédito em bancos e lojas. A prefeitura alega que mais de 10% das multas de trânsito aplicadas atualmente não são pagas. Mas não é apenas com as multas de trânsito que o cidadão deve se preocupar, desde abril outras 350 infrações municipais também podem deixar o seu nome "sujo": Deixar o lixo na rua fora do horário, infrações contra a Lei do Silêncio, etc., também podem trazer muita dor de cabeça.
Tudo bem que a prefeitura precisa de recursos para administrar a cidade, mas, com a baixa qualidade dos serviços prestados e, principalmente, com a grande indústria de multas que se instalou no país, hoje nós pagamos por tudo e não recebemos quase nada de volta.
Outro exemplo é a aplicação de multa para quem não mantiver suas calçadas em perfeito estado. Mas agora eu pergunto: Quem vai multar as prefeituras e o governo federal pelo grande número de estradas que não estão em "perfeitas condições"? Se nós somos obrigados a deixar a nossa calçada perfeita e, ainda por cima, pagamos altos impostos, além de caríssimos pedágios, para manter as estradas em condições de uso, porque não temos o direito de sermos ressarcidos pelos serviços não prestados?
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