A Base Governista negocia uma nova "operação abafa", graças às pressões da presidente Dilma Rousseff, para que os setores do PT que defendem a CPI do Cachoeira, que deve ser instalada nos próximos dias, poupem políticos de diversos partidos citados na Operação Monte Carlo da Polícia Federal, que levou à prisão o contraventor Carlinhos Cachoeira. A única exceção, é claro, seria o senador Demóstenes Torres, que teve conversas telefônicas com Cachoeira grampeadas pela PF nos últimos três anos. Por outro lado, o áudio de uma reunião do empresário Fernando Cavendish com sócios e executivos da Delta Construções, maior empreiteira do PAC, mostra claramente o "mar de lama" da política nacional. A Delta teria negociado facilidades em contratos diretamente com a cúpula do governo, em troca de favores de campanha eleitoral, segundo grampos da Polícia Federal (Em 2010, a Delta consta como doadora de R$ 2,3 milhões para comitês partidários: R$ 1,1 milhão ao Comitê Nacional do PT e o restante ao PMDB). O dono da Delta diz, nas gravações, que "Até por R$ 6 milhões" ele consegue se aproximar de um senador para incluir a empresa em grandes obras federais e confirma - "Ó! Nem precisa tanto dinheiro não... Eu sou muito competente nisso...". Alguma surpresa? Nâo? É sempre mais do mesmo, ninguém quer investigar nada porque este tipo de crime é muito comum nos meios políticos e, para o governo, seja ele qual for, o mais interessante é sempre abafar e deixar somente aquele que foi desmascarado "ir para a fogueira". Feliz Brasilidade.
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