terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Caso Eloá II: Quais Os Limites Éticos Da Defesa?

Ontem, após o inicio do julgamento de Lindemberg Alves, assassino confesso de Eloá Cristina Pimentel, nos deparamos com um fato deplorável que nos faz perguntar: Quais os limites éticos que um advogado deve manter para defender o seu cliente? Durante o testemunho de Nayara Rodrigues da Silva, também vitima de Lindemberg (Inclusive baleada por ele), a advogada de Lindemberg, Ana Lúcia Assad, mostrou-se tão empenhada em provar a "inocência" de seu cliente que constrangeu a testemunha, sendo preciso, em determinado momento, a interferência da juíza Milena Dias. Após o depoimento, a advogada  afirmou aos jornalistas que Nayara, por ser vítima, não tem compromisso com a verdade, e mentiu. "Ela está em condição de vítima, não precisa falar a verdade. Mentiu, aumentou, encenou e até fingiu que estava emocionada". Me desculpem os criticos de plantão, mas transformar uma vitima em "mentirosa" para defender os interesses do seu cliente assassino, está muito além do que se espera de um advogado. Ela esquece que não só a policia, mas o país inteiro assistiu pela imprensa o desenrolar dos fatos e que, em nenhum momento, Lindemberg teve uma atitude sequer de humanidade. Agora que Eloá está morta a sociedade não pode aceitar que esse sujeito se torne "herói" ou "vitima" e a OAB deveria acompanhar de perto o julgamento até para que episódios como esse não manchem a imagem da instituição...

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