Metrô Rompe Acordo Fechado No TRT
Como
parte do acordo acertado no Tribunal Regional do Trabalho para
suspensão da greve em maio deste ano, o Metrô se comprometeu a formar
uma comissão para "busca da linearidade na distribuição da PR
(Participação nos Resultados)". No entanto, a empresa não só quer manter
a distribuição de forma proporcional ao salário, como propõe um acordo
em separado para os cargos de confiança e alta chefia para lhes
concederem até quatro vezes mais que aos outros trabalhadores.
Em
maio, foi acertado no TRT um prazo de 60 dias para assinatura do acordo
sobre as pendências da Campanha Salarial 2012. No entanto, passados 120
dias, a direção do Metrô comunicou aos trabalhadores que não mudará sua
política elitista e também sua pretensão de pagar a PR só em abril,
quando habitualmente é paga em fevereiro.
Também descumpre o acordado em maio no que diz respeito à jornada de 36
horas e escala de trabalho, assim como a equiparação salarial. Diante
dessa intransigência, não restou aos metroviários outra saída senão
marcar uma greve para o dia 4 de outubro como forma de pressionar a
empresa a rever sua postura irresponsável.
Catraca Livre!
Tentando impedir o direito constitucional à greve, o Metrô e o Governo
do Estado sempre declaram que a paralisação prejudica a população, o que
não é a intenção dos metroviários. Por isso, a categoria encaminhou na
última sexta- feira (28/09) ofício para direção da empresa, reafirmando a
disposição em atender o transporte da população, contanto que seja com
as catracas liberadas, como alternativa à paralisação.
Cabe ao governador Alckmin e à direção da empresa decidirem se o Metrô
para ou não. A liberação da gratuidade pode ser feita da mesma forma que
anunciaram que pretendem, a partir do dia 15, no terminal Santo Amaro
de ônibus, medida paliativa para aliviar a superlotação da Linha-4.
Fonte: Metroviários/SP
Como vimos neste informativo, o governador Alckmin e a direção do Metrô têm duas alternativas: Permitir que as catracas sejam liberadas, para que a população não sofra com mais uma paralização ou serem novamente intransigentes, na esperança de que os usuários se voltem contra os grevistas. Está nas mãos deles decidir.